Que a Volkswagen é uma das marcas mais conhecidas do Brasil, disso todos nós já sabemos, todavia, nos últimos dias, a marca se envolveu em algumas polêmicas que ainda estão em fase de julgamento.
Isso porque a VW está envolvida em denúncias de trabalho escravo que acontecem ao longo da ditadura militar no país.
Contando com o apoio do período ditatorial no Brasil, a montadora, em 1973, começou a investir em fazendas.
Essa iniciativa ocorreu na Amazônia e marcou as primeiras denúncias sobre o trabalho escravo. Por isso, hoje o Ministério Público está ouvindo todos os sobreviventes.
Investigações do agronegócio na Amazônia
As investigações com alvo na Volkswagen hoje tem como foco o período da ditadura militar, ou seja, entre 1964 e 1985.
Isso porque a marca VW fez a compra de cerca de 140 mil hectares de terras que estavam na Amazônia. O detalhe está na motivação: essa compra foi motivada pelos generais da época.
Assim, foi nesse período que a Fazenda Vale do Rio Cristalino ficou famosa por ser a Fazenda Volkswagen, localizada em Santana de Araguaia (Pará).
Esse era apenas o primeiro passo da marca para conseguir o seu desenvolvimento do ponto de vista nacional.
No entanto, uma parte significativa da floresta precisou ser desmatada, e para isso a marca contratou os empreiteiros que na época eram conhecidos como gatos. Eles iriam trabalhar de forma temporária.
A verdade por trás do trabalho temporário na Volkswagen Brasil
Embora os empreiteiros tiveram contrato para o trabalho temporário, tinha uma violência e grave ameaça por trás disso.
Afinal, os empregadores não deixavam os trabalhadores saírem da região e eles tinham obrigação de comprar comida apenas na própria fazenda.
Com base nos relatos dos sobreviventes, a comida que a fazenda vendia era muito cara. Por isso, eles faziam dívidas com a fazenda para comer.
Assim, após criarem essa dívida, os recrutadores não deixavam eles irem embora até pagar totalmente essa conta.
Muitos sobreviventes hoje contam que os guardas atiravam em seus colegas, em caso de tentativa de fuga, eles podia ser amarrados e a maioria deles era morta.
Documentação de abusos dos sobreviventes da Volkswagen Brasil
Todos os abusos relatados pelos sobreviventes já foram documentados pelo Ministério Público do Trabalho.
Porém, em mais de 40 anos nada teve resolução em relação a isso, pois somente em 2020, a Volkswagen acatou sua responsabilidade em relação às violações dos direitos humanos.
Assim, pagou indenização a todas as vítimas em 2020, ou pelo menos a maioria delas.
Hoje, o principal nome quando falamos em documentos relativos a esse período é o de Ricardo Rezende Figueira, professor, padre e pesquisador na área de escravidão. Ele leciona sobre o assunto na UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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